A palavra respeito indica consideração, atenção, deferência, estima pelo que o outro é e pela sua existência. Sair da nossa bolha, escutar a realidade do outro, conhecer pontos de vista diversos, ter contato com contextos sociais diferentes são passos importantes para a construção de uma sociedade que enfrenta seus preconceitos, acolhe a pluralidade e respeita a diversidade. Afinal, pessoas se comportam, agem e existem de maneiras completamente diferentes e merecem ser respeitadas em suas escolhas e manifestações.
Por isso, a Constituição Federal de 1988 traz a dignidade humana logo no art. 1º como um dos fundamentos da nossa República e como o guia de todo o texto constitucional. Mas, o que é a dignidade da pessoa humana? É o entendimento de que todos os seres humanos são sujeitos de direitos e podem exercê-los em condições de igualdade e na forma da lei, independentemente de suas características ou diferenças. A nossa Constituição define, em seu art. 3º, como um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, a “promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”.
Para assegurar esse objetivo, o primeiro passo é entender que respeitar não é convencer o outro a aderir a determinado pensamento ou adotar certas atitudes. Não tem a ver com concordância, seja de ideias, seja de posicionamentos. O respeito é o espaço de permissão ao diálogo, a críticas, à livre manifestação, à diversidade, ao conhecimento, ao acolhimento e à escuta.
A não aceitação das diferenças gera desentendimentos que podem ser acompanhados de violências. A liberdade de expressão é um direito assegurado pela Constituição Federal em seu art. 5º, mas não é uma garantia absoluta. Manifestações motivadas por preconceitos, de ódio, desprezo ou intolerância contra determinados grupos devem ser combatidas. Clique aqui e entenda mais sobre o discurso de ódio.